Quem disse que o Rock morreu? Los Cheap Borrachos na área...

Já deve ter uns seis ou sete anos desde que me chamaram para cantar na banda Los Cheap Borrachos. Não me recordo exatamente como foi o convite, provavelmente veio do Rodrigo (que tocava guitarra e dividia comigo os créditos do meu extinto grupo de pop-rock-soul Capital S), e de repente lá estava eu como vocalista de uma banda de estilo despojado, sem anseios, sem grandes perspectivas. Em princípio, tocava-se somente os clássicos do rock n’roll, em sua forma mais pura (B.T.O., Clapton, Stones, Dylan e por aí vai...) e éramos cinco ensaiando em um estúdio em Santa Teresa (ou Glória, sei lá, aquelas ruas e lugares se interligam). Depois de um fatídico incidente no carro do ex-baterista (na época o Mandarino) enquanto ensaiávamos (furto de rádio com janelas quebradas), Rabicó veio a assumir as baquetas depois que o primeiro meio que “desanimou”com o lance e não mais retornou para conduzir a cozinha junto com André White, que além de geofísico também desempenha com maestria a posição de baixista da banda. Daí se formava o quinteto, com Felippão conduzindo também a guitarra e os backing vocals. Foram vários shows, várias casas do Rio (Hard Rock Café, Big Ben Pub, Café Etílico, Osteria, Waxy Pub, Rio Rock & Blues Club, Dragon Jack, Tamboatá, Néctar, entre muitos outros), e várias mudanças comportamentais, principalmente no que tange ao estilo, que foi aos poucos incorporando o pop e o rock mais atual, tanto nacional quanto internacional. Depois da saída de um dos guitarristas (o mesmo que havia me chamado para compor a banda), o quarteto continua por aí, mais forte do que nunca, esquentando as noites do Rio de Janeiro, pensando apenas em se divertir e trazer para o público uma música bem tocada, pra dançar mesmo e lembrar de velhos clássicos. E sempre em frente, no mesmo ritmo, com aquele descompromisso profissional mas com a competência de verdadeiros veteranos. Estamos aí! (Ah, e Alex Salles é o nome do vocalista). Keep Rockin`!!!